BOCA
Deparo com seu par de lábios
Eles anunciam tua magia
O feitiço que me absorve
São os clarins d’alma
São o medo e a graça
A dor e o desejo
De beleza carmim
Por eles passa seu canto,
Que te relaxa quando
entreabrem de feliz
Chamando o suspiro
Chamando outro sorriso
Chamando minha essência
È o ator e a triz do seu eu
És cortinas que se abrem
Do espetáculo de ti
Duas partes que se forma fêmea
Que se figura BOCA
Uma pétala rosa
De massa macia, molhada
Quando unida a minha
Forma a arena para
o balé de nossas línguas
parênteses que abraçam
duas aspas, duas vidas
Um rito do nosso momento
O signo mais puro do beijo
Eles submergem no desejo
Portal da vida
Ingerem o vinho
Da cor do amor
Aspira a energia dos ventos
É a estética de sua beleza
Provoca e intensifica o
Brilho dos meus olhos apaixonados
Cúmplice das lagrimas que escorrem
Do semblante terno e sensível.
Ascendem como sol, ao sorrir
Com frescor rosa bebe
Chucha a bochecha da filha
O canto do meu pescoço
O selo do nosso bom dia
A expressão da vergonha
Do semblante feminino
O biquinho de criança
Sensual presa aos dentes
Provocando meus quereres
Acelerando as corredeiras sangüíneas
Aguçando meu amor.
É uma boca que me persegue
Com sua essência feminina
Motiva e lança-me as
Veredas da conquistas
Compõe a harmonia da face
È Arauto de sua alma.
Lábios ternos de mulher e menina
Que atenta meu amor quente
A uma entrega eterna
É a boca que quero beijar.
Sérgio Cumino,
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