Criação Na tristeza ou na alegria, Talvez por nostalgia, Viajo em busca da poesia.
Sinto a beleza da criação, Que invade minha alma, Procurando a inspiração.
Sorriso sem sentido, Tentativa de controle, Ordem no caos sem razão.
Enfim, Veias abertas da emoção, Transpiro palavras de amor, Carregadas de paixão.
(Alberto Leal - 9 dezembro 2004)
Liberdade Você foi a mais bela, A mais forte, A mais poderosa poesia de amor.
Diante da felicidade, Prisioneiro da paixão, Tornei-me anjo ao seu dispor.
Iludida pela tentação, Você ignorou minha dor, Arrancando de mim, Versos do mais puro amor.
Liberto, posso agora voar, Pois não mais reluz em meu peito, Aquela flecha que me cravou ao luar.
Estou livre para sonhar, Graças a um anjo de além mar, Que veio me libertar.
(Alberto Leal - 7 dezembro 2004)
Tempestade de Emoções Se você deixar ... Serei capaz de cantar com a força de um vulcão. Meu canto irá aos locais mais remotos deste mundo, Alcançando até mesmo seu coração.
Neste momento ... Você ouvirá a mais bela música, E nos céus, bailando entre nuvens, Nossas áureas se encontrarão.
Seus olhos irão brilhar como os meus ... E relâmpagos serão vistos. Seu coração baterá como o meu ... E trovoadas serão ouvidas. Lágrimas de nossos olhos escorrerão ... E chuvas serão sentidas.
Nesta tempestade de emoções ... Você finalmente descobrirá a verdade, Que o amor há de lhe mostrar.
(Alberto Leal - 1 dezembro 2004)
Jóia Rara Estrela oriental, Seus olhos fechados ofuscam meu sorriso, Parecendo talhados em meu coração.
Jóia rara, abre as portas da razão. Nesta noite colorida, Nas trilhas do quarto, Serás a raposa e eu o cão.
Jóia rara, abre as portas da ilusão. Na manhã ensolarada, Nas águas que caem do chuveiro, Serás a sereia e eu o capitão.
Jóia rara, abre as portas da emoção. Quero sentir teu sabor, Delirar em seu gozo, E explodir de tesão.
(Alberto Leal - 14 dezembro 2004)
Indomável Sim, sou difícil de compreender, Tão generoso e tão cruel, Tão pacífico e tão guerreiro.
Não pense que não sofro, Por vezes, na busca da paz, Preciso agir como tolo.
Mesmo sem desejar, Serei seu carrasco, Quando dele você precisar, E serei seu anjo, Para você se encontrar.
O poema que parece enrolado, Com palavras desencontradas, Assim como eu, terá um fim inesperado.
Procurei princesas pelo jardim, Mas somente Rainhas vieram até mim, Foi assim na primeira vez, E será assim até o fim.
(Alberto Leal - 9 dezembro 2004)
Viagem Na segurança de seus braços, Navego pelos mistérios do amor, Me perco em seus lábios, E me encontro no brilho do seu olhar.
(Alberto Leal - agosto 2004)
Vilão Virei vilão, Num mundo que impõe sua falsa verdade, Em que não existem mocinhos, Em que os sonhos são para os tolos, E a felicidade para os falsos.
Virei vilão, Por trilhar um dos caminhos iguais que me foram apresentados, Por desejar que tudo fosse diferente quando tudo é igual, Por desconhecer que tendo início, não importa o meio, o final será sempre o mesmo.
Virei vilão, Entre vilões materializados em imagens confusas, Onde ser pode não significar ser.
Virei vilão, Para compreender o que não pode ser compreendido, Para sentir o que não pode ser sentido, Para escolher o que não pode ser escolhido.
Virei vilão, Para te ver, te sentir e te possuir, Virei vilão para salvá-la de um mundo, Sem saber que nele eu estava perdido.
(Alberto Leal - 30 outubro 2004)
Ondas Coloridas E na onda azul e na onda azul ... Vem a paixão do Sul !
E na onda rosa e na onda rosa ... Vem a brisa da costa !
E na onda verde e na onda verde ... Vem a saudade com sede !
E na onda vermelha e na onda vermelha ... Vem a flor que te espelha !
E na onda branca e na onda branca ... Vem a paz que encanta !
(Alberto Leal - 1 dezembro 2004)
Deusa Humana Nunca a toquei, nem mesmo a vi, Mas posso imaginá-la flutuando entre os mortais, Deusa humana, cuja luz invisível posso sentir.
Sua luz me indica um caminho desconhecido, fascinante e libertador, Por onde deverei seguir em busca de seu amor.
Lá chegando, terei meu maior desafio, Não poderei cegar diante de ti, Desafiarei as trevas e verei além da sua luz.
Por fim, se realmente forem fortes meus sentimentos, Terei o poder de ver seu lado humano, Cujo amor verdadeiro e intocável, Finalmente será alcançado.
(Alberto Leal - 20 novembro 2004)
Bravo Guerreiro O bravo guerreiro tombou, Profundamente ferido pelo dragão, Que usou a mais dolorosa das armas.
O dragão não atacou nosso guerreiro, Não foi fogo não, Dominou sua amada, queimando por dentro nosso bravo herói.
Seu orgulho não resistiu a ferida exposta, Sua força foi sugada pelo ralo da vida, E ele não mais pode erguer-se.
Com a amada ao lado do dragão, Sem sua inspiração, Ao grande guerreiro só restou ser... O grande vilão.
(Alberto Leal - 18 novembro 2004)
Linhas do Destino Às vezes acho que a vida não tem graça, Que tudo é requentado e só mudam os rostos e gostos. Mas quando conheço pessoas como você ...
(inspiração)
Bem no fundo ... Somos anjos alados, Saltando entre linhas do destino, Alterando o equilíbrio e redefinindo a razão.
Diante de nós, Tal qual um castelo de cartas, Cai toda a lógica da vida.
Curvamos linhas que ficariam retas, Juntamos outras que seriam separadas, Terminamos algumas que continuariam.
Somos Deuses do imprevisível, Criadores de novos e desconhecidos futuros, Eterna fonte das emoções.
(Alberto Leal - 26 novembro 2004)
Raios Caiam raios, Desafiem a razão, Mostrem a vida, mostrem a morte, Mostrem o poder da criação.
Caiam raios, Desafiem o equilíbrio, Mostrem que do caos surgirá a paz, E da solidão nascerá o amor.
Caiam raios, Rasgando os céus desafiando a escuridão, Façam tremer corações aflitos e inseguros, Façam com que sintam a chama da paixão.
(Alberto Leal - 21 novembro 2004)
Brilho Ainda que o amor ao meu coração possa voltar, Ainda que à terra o céu possa tocar, Nada a sua imagem irá apagar.
Nos devaneios da solidão, Seu brilho ecoa em minha alma, E insiste em me queimar.
A ira deforma uma realidade, Que nada consegue espantar, Iluminando ainda mais seu brilho, Que insiste em me queimar.
Sei que a razão a tudo alcança, Alimentando a experança, De um dia seu brilho apagar.
(Alberto Leal - 27 novembro 2003)
Rosa Amo a mais bela das Rosas, Uma Rosa que ilumina minha mais profunda escuridão, Uma Rosa de plástico, que me enche de emoção.
(Alberto Leal - agosto 2004)
Cometa Nas águas de março, Fui além do luar, Virei cometa, Por Vênus fiquei a me encantar.
Pelos céus da Terra, Brilhei como as estrelas, Iluminei corações, Que começaram a sonhar.
Um dia meu brilho há de se apagar, Mas não será por Vênus, Que hoje deixo de amar.
(Alberto Leal - 2 dezembro 2004)
Fuga Cansado e maltratado, Perdi a inspiração. Choro a dor do vazio, Derrotado pela razão.
Volto ao abrigo seguro, Fugindo da batalha que não pude vencer, Escondido onde não posso ser visto, Protegido por um novo ser.
Não mais poderei gritar, Nem mesmo te socorrer, Pois agora quem manda, É um novo ser.
(Alberto Leal - 2 dezembro 2004)
Delírio Foi a imagem mais bela que já vi, Quando em seu quarto entrei, Com um lençol sobre a cintura, Lá estava você completamente nua.
Dormindo com uma paz que parecia me chamar, Seu sangue brilhava no escuro, Tal qual meus olhos a te desejar.
Imaginei quantos sabores a me saciar, Conheceria cada milímetro de seu corpo, Sentiria a grandeza de ter você só para mim, Era um paraíso a me completar.
Ao te penetrar pela primeira vez, Não acreditei no que sentia, Foi prazer puro e cristalino, Contaminado pelo seu, meu sangue fervia.
Ao final daquela noite, Parti sentindo o triste sabor da saudade, Mas com a certeza de que outras noites viriam, Antes de nascer a solidão da claridade.
zzzzzzzzzzzzzzzzzz
(Alberto Leal - 3 dezembro 2004)
Mar de Rosas Vem comigo mergulhar nestas poesias, Deste mar de rosas, Onde posso transformar sua dor em cor.
Vamos surfar pelas ondas da felicidade, Com rostos tocados pela mesma brisa, E corpos colados nesta prancha do amor.
Minhas mãos serão seus salva vidas, Protegendo e guiando, Na cumplicidade da água cativa.
Nesta natureza que nos envolve, Vamos sentir a emoção do desequilíbrio, Que não será eterno mas sim infinito.
Vamos perder o fôlego entre palavras de amor, Desejando o instante que ainda irá se por, Diante deste nosso lindo calor.
(Alberto Leal - 17 dezembro 2004)
Espelho Olho diante do espelho e nada vejo, Lutei, chorei e sobrevivi, Para chegar a lugar algum.
Acreditei que poderia mover montanhas, Superar o impossível e ser meu próprio herói. Mas nesta vida que a tudo contamina, Nem mesmo a mais pura das almas sobreviveria.
Aquela criança que salvaria o mundo, sucumbiu à realidade. Gritando com a alma sem que ninguém ouvisse, Talvez porque o mundo seja surdo, ou talvez eu.
Tantas vezes quis fugir sem saber para onde, Mas acabei por me iludir acreditando que tudo poderia mudar.
Caído diante deste espelho sem reflexo, Aguardo o descanso do qual tanto medo tenho. Quem sabe por acreditar que tudo possa recomeçar, E como criança, eu mais uma vez possa sonhar.
(Alberto Leal - 18 dezembro 2004)
Desprezo Naquele jantar à luz do luar, Com pétalas de rosas espalhadas ao redor, Violinistas tocavam sem parar, As mais lindas canções de amor.
Por toda noite fiquei a te esperar, Acreditando na sinceridade, Da pessoa por quem fui me apaixonar.
Naquela noite que nunca existiu, Quando o amor que era seu morreu, Percebi que nada perdi, Pois só perde quem tem, E portanto, foi você quem perdeu.
(Alberto Leal - 18 dezembro 2004)
O Chuveiro Pele morena, Seduzido pelo seu sorriso, Fui atraído para nosso paraíso.
Sob o calor do chuveiro, Nossos corpos deslizavam ensaboados, Enquanto a neblina tentava em vão, Esconder nossos pecados.
Raiz da vida, Segredo público, Emoção inocente.
Naquele momento único, Tornei-me animal insaciável, Buscando a cura para a solidão, Que em desespero, fugiu da paixão.
(Alberto Leal - 19 dezembro 2004)
Diamante Arranhado Em uma rocha solitária, Fui encontrado, Com muito carinho retirado, E apaixonadamente lapidado.
Diante do meu brilho estrelado, Aproximou-se um olhar fascinado. E encantado pela beleza somente exterior, Passei a refletir o amor.
Abandonado e pisado, Virei pedra arranhada, Perdendo a transparência, De um diamante lapidado.
Mesmo rejeitado, Escondo o brilho do passado, Esperando o dia em que serei encontrado, Por outro olhar tão encantado, Que me transformará num diamante lapidado.
(Alberto Leal - 21 dezembro 2004)
Centro do Mundo O sol brilha em seu rosto, Gela-me a alma, Queimando meu solitário coração.
A água banha-se em seu corpo, Seca-me a mente, Afogando minha triste razão.
A brisa suspira em seus cabelos, Deixa-me sem fôlego, Soprando tão pura emoção.
O chão coloca-se sob seus pés, Enterra-me na ilusão, Apoiando esta linda paixão.
(Alberto & Luiz Leal - 6 janeiro 2005)
Olhar Com olhar penetrante, Num infinito instante, Invadi seus mistérios, Transformei-te em amante.
Naquele olhar devastador, Impulsionado por um sentimento superior, Fiz com você o que bem quis, Sem o menor pudor.
Você foi minha vítima. Possui-te como se me amasse. Beijei seus lábios, Sem que você notasse.
Naquele olhar em que o tempo parou, Apaguei o mundo e desnudei nosso amor. E só quando um toque me acordou, Percebi que nosso momento acabou.
(Alberto Leal - 08 janeiro 2005)
Loira Loira sensual, Seu olhar inocente, Destrói minhas defesas, Põe-me de quatro, Transformando-me em animal.
Loira escultural, Por trás desta fachada, Brilha uma poesia, Carinhosa e sentimental.
Loira fatal, Quero ser seu brinquedo, Jogado na banheira, Naquele momento imoral.
Loira imortal, Quero vagar pela eternidade, Sendo apenas sua sombra, E achando isso normal.
(Alberto Leal - 17 janeiro 2005)
Gato Herói Gatinho branco, Serás meu mensageiro, Levará esta poesia, Ao coração da minha amada.
(música) Tatita tita ... Lá vai nosso herói, Tatita tita ... Não exitará.
Tatita tita ... Enfrentará cães ferozes, Tatita tita ... Vencerá seus algozes.
Tatita tita ... Encontrará-la perdida, Tatita tita ... Na escuridão desta vida.
Tatita tita ... Iluminará seu coração, Tatita tita ... Com a luz da minha paixão.
(Alberto Leal - 18 janeiro 2005)
A Procura Olhei para os céus e vi sua imagem nas nuvens, E percebi que o chão já não mais me pertencia. Impulsionado pela leveza dos sentimentos, Voei alto em busca da sua magia.
Sem minha sombra companheira, Procurei-te pelas nuvens, Gritei, chorei mas não te achei.
Sem o ar que respiro, Ignorei a gravidade, Subi à lua e só encontrei mais saudade.
Fui além, subi ao sol E seu calor pude sentir, Mas lá você não estava, ou não quis me ouvir.
Vaguei pelas estrelas, Desprezando o tempo, o espaço e a razão, Até crer que foi tudo em vão.
Já distante daquele sentimento profundo, Senti o peso da desesperança, E cai nas profundezas deste mundo.
Despedaçado no fundo desta terra, Luto para renascer, Sem a esperança de um dia voltar a te ter.
(Alberto Leal - 04 janeiro 2005)
Touro Touro... Sente a dor calado, Ninguém ouve seu gemido, Puro, imprevisível e irado, És forte e temido.
Touro... Chifrado e humilhado, Salta com a dor da espora, Deste mundo arruinado.
Touro... Deixa sua marca, Mais profunda que uma estaca, No coração de quem te ataca.
Touro... Neste chão só deita, Quem te desafia, E te rejeita.
Touro... Num sentido figurado, Estás nesta poesia, E talvez alguém ria.
(Alberto Leal - 27 janeiro 2004)
Iludido Parece não ter fim, Este amor sem limite, Que reina em mim.
Meu grito rodou o mundo, Emocionei quem não conhecia, Mas falhei no coração, De quem eu mais queria.
Tremo de pavor, Sentindo esta triste dor, Sem aquele calor, Que nasceu do nosso amor.
Não posso mais negar, Somente irei me apaixonar, Por quem me fascinar, Com aquele belo olhar.
Talvez eu seja único, Ou mais um iludido, Que vive a desejar, Quem só quer me ignorar.
(Alberto Leal - 29 dezembro 2004)
Falso Amor Na ausência do seu calor, Falsifiquei o amor, Criando uma ilusão, Bonita, colorida e indolor.
Amor Perfeito, Imune à traição, Sem causa ou efeito, Somente sensação.
Falso e seguro amor, Livra-me da contradição, De sentir prazer e dor, No veneno da paixão.
Vivo agora minha utopia, E já não mais pertenço à maioria, Onde quem quer não tem, e quem tem não quer. Todos reféns duma triste ironia. |
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