22 de fev. de 2011
Oceano (Antero de Quental) /DEA
Oceano (Antero de Quental) Junto do mar, que erguia gravemente À trágica voz rouca, enquanto o vento Passava como o vôo do pensamento Que busca e hesita, inquieto e intermitente, Junto do mar sentei-me tristemente, Olhando o céu pesado e nevoento, E interroguei, cismando, esse lamento Que saía das coisas, vagamente... Que inquieto desejo vos tortura, Seres elementares, força obscura? Em volta de que idéia gravitais? Mas na imensa extensão, onde se esconde O Inconsciente imortal, só me responde Um bramido, um queixume, e nada mais...
Postado por
RÊNATA .V. RÓS
às
terça-feira, fevereiro 22, 2011
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